Dallagnol processa Gilmar e pede indenização por danos morais

O coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, procurador Deltan Dallagnol, entrou com uma ação indenizatória de danos morais contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por reiteradas ofensas contra ele. A ação pede indenização no valor de R$ 59 mil.

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Na ação movida na semana passada, Dallagnol citou uma entrevista de Gilmar à Rádio Gaúcha, na qual o ministro afirmou que a força-tarefa da Lava Jato é uma organização criminosa, formada por “gente muito baixa, muito desqualificada”.

O procurador também citou o julgamento de agravo regimental 4435, em que Gilmar chamou os integrantes da força-tarefa de “cretinos”, “gentalhada”, “desqualificada”, “despreparada”, “covardes”, “gângster”, “organização criminosa”, “voluptuosos”, “voluntaristas”, “espúrios”, “patifaria” e “vendilhões do templo”.

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Outra manifestação relacionada na ação foi na sessão de julgamento do habeas corpus 166373, quando Gilmar chamou os procuradores de “falsos heróis” que combateriam o crime “cometendo crime”, numa “organização criminosa de Curitiba”, a mando de “gângster”.

A ação foi movida contra a União, com pedido de que seja exercido direito de regresso contra Gilmar. Ou seja, se condenada, a União paga a indenização e depois cobra os R$ 59 mil do ministro.

Dallagnol afirma que os valores, se recebidos, serão destinados à construção do hospital oncopediátrico “Erastinho”, vinculado ao Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba.

Com informações do Estadão.