Ciro Gomes: ‘Jair Bolsonaro não terminar o mandato’

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou à agência de notícias alemã Deutsche Welle (DW) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não terminará o mandato.

O ex-presidenciável justificou sua percepção avaliando o histórico pós-redemocratização, o perfil heterogêneo dos grupos que compõem o governo e características pessoais do presidente.

Ciro disse que agrava a situação do capitão porque ele lidera uma “equipe de idiotas” e disse que o Congresso Nacional vem tendo papel importante de contenção perante Bolsonaro, que em sua opinião, é presidente “irresponsável”.

Na verdade, o Congresso vem tendo um papel de subalterno do sistema financeiro e da mídia. Porta-se como um “pelego” para amaciar o choque político, que prejudica o assalto aos ativos públicos (patrimônio da sociedade) por meio das privatizações. Ciro não se manifestou sua posição acerca do petróleo, da energia, etc., da soberania nacional, durante entrevista à DW.

Ao analisar a economia brasileira no ano de 2019, o pedetista voltou a abrir fogo contra o lulopetismo que, segundo ele, possibilitou a ascensão de Bolsonaro ao poder.

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Ciro Gomes disse que seu palpite, de que ele não termina o governo, tem respaldo na história. “Só três presidentes terminaram o mandato: Fernando Henrique, Lula e Juscelino Kubitschek. Os três passaram por mal bocados e tentativas de golpe só para manter a regra, mas conseguiram escapar. Todos os outros tiveram seus mandatos interrompidos.”

Outro aspecto apontado pelo ex-ministro é o desastre que é o Bolsonaro, pessoalmente, “sem o mínimo preparo para arbitrar as gravíssimas contradições do ato de governar em si, sobretudo no Brasil, no epicentro da pior crise econômica da nossa história”, disparou.

Ciro joga a pá de cal na equipe econômica de Jair Bolsonaro:

“Ele loteou o governo entre o grupo do Paulo Guedes, que tem uma racionalidade estúpida, mas dá para conversar; um núcleo de militares, cada vez mais degradada com a saída dos melhores nomes, e esse núcleo de lunáticos que controla coisas importantes, como as relações exteriores, a política de direitos humanos e a educação, para ficar com três exemplos de onde está sediada a tragédia mais grave do governo Bolsonaro. Temos esse encontro da pior crise econômica da nossa história e a incapacidade absoluta do Bolsonaro de compreender os problemas e mediar os conflitos e soluções com um governo completamente heterogêneo. Não vejo como isso possa terminar.”