A greve dos caminhoneiros que se iniciará na manhã desta segunda-feira (16) tem os aumentos no preço do diesel seu principal combustível de mobilização.
Os combustíveis nesses onze meses de governo Jair Bolsonaro (sem partido) tiveram 11 reajustes, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Segundo o órgão, o preço do diesel subiu 0,27% na semana passada, para R$ 3,718 por litro, em média, interrompendo uma sequência de três recuos semanais seguidos.
Embora o diesel seja o principal combustível da mobilização dos caminhoneiros, há outras reivindicações dos profissionais da estrada:
- Redução no preço do pedágio;
- Publicação do novo Código Identificador da Operação de Transportes (Ciot); e
- Reajuste do piso mínimo do frete.
A paralisação desta segunda-feira está longe de ser consenso entre os caminhoneiros porque o governo age para dividir o movimento e atua junto às empresas na tentativa de enfraquecer a greve. Entretanto, não há como esconder que os profissionais do boleia se sentem enganados por Bolsonaro e que a paciência da categoria transbordou o limite.
A política de preços da Petrobras consiste em aumentos dos combustíveis atrelados à flutuação do dólar e à cotação internacional do petróleo. Como o dólar pode chegar a R$ 5 em breve, a situação dos caminhoneiros tende a ganhar dramaticidade nos próximos dias.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.