‘Ajuste fiscal’ na CUT vai reduzir salários e jornada de funcionários


Um conhecido adágio popular diz que “em casa de ferreiro, espeto é de pau”, o ditado serve como uma luva para a direção da Central Única dos Trabalhadores (CUT) que, na defensiva, adota a prática do ajuste fiscal para reduzir salários e a jornada de funcionários e assessores da central.

A CUT está planejando a redução de 20% a 25% na jornada de trabalho e nos salários de seus próprios funcionários e assessores. Uma assembleia vai decidir sobre a adoção do ajuste fiscal cutista.

Segundo a Folha de São Paulo, a direção da entidade informou, em nota, que pretende manter o emprego dos funcionários, mas ressaltou afirma que todo o movimento sindical atravessa crise “patrocinada pelos governos” do ex-presidente Michel Temer e o presidente da República, Jair Bolsonaro.

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O baque nas finanças da central foi resultado do fim do imposto sindical e também da redução do número de sindicalizados na base cutista.

Ao adotar o ajuste fiscal, a CUT indiretamente endossa a narrativa do ministro Paulo Guedes de que a saída para a crise é cortar na carne dos trabalhadores.