61 milhões de brasileiros trabalham sem carteira assinada, diz IBGE

O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criou uma nova categoria de trabalhadores: os que não têm carteira assinada, nem seguridade social. São os precarizados, que superam a metade da população ocupada. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o levantamento oficial, são 94,4 milhões de pessoas ocupadas com várias atividades absorvendo trabalhadores, como indústria, comércio e serviços.

A população economicamente ativa do País soma 159,5 milhões de pessoas, porém 65,1 milhões não estão trabalhando, nem procurando trabalho. Nessa categoria também estão os desalentados, que desistiram de encontrar um emprego depois de meses e anos de procura.

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O trabalhador com carteira assinada virou raridade a partir deste governo Bolsonaro, segundo os dados do IBGE. São apenas 33,5 milhões de pessoas com registro na CTP, sem incluir os trabalhadores domésticos.

Para o leitor ter uma noção do tamanho da precarização do trabalho promovido pelo atual governo, 63,8% da população ocupada tinha a carteira assinada no ano de 2010. Hoje, a título de comparação, isso representaria exatamente os 61 milhões de brasileiros que laboram sem registro. Ou seja, houve uma inversão de posições entre carteira assinada x precarização.

Há 19 anos, apenas 28,5% trabalhava sem carteira assinada no Brasil.