Trabalho informal bate novo recorde no Brasil, aponta IBGE

Com mais um recorde no avanço da informalidade, a taxa de desemprego registrou leve queda no trimestre móvel encerrado em outubro, mas ainda atinge 12,4 milhões de trabalhadores e trabalhadoras.

De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (29), a taxa de desemprego caiu 0,2% ponto percentual entre agosto e outubro e ficou em 11,6%. No trimestre encerrado em junho a taxa foi de 11,8%.

O trabalho sem carteira assinada e por conta própria bateram novo recorde entre agosto e outubro, segundo o IBGE. O número de trabalhadores sem carteira de trabalho assinada contratado pelo setor privado subiu, em 2019, para 11,9 milhões, ou 2,4% (mais 280 mil pessoas) sem direitos. Outros 4.565 domésticos também não têm carteira assinada.

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Já o total dos que trabalham por conta própria, subiu para 24,4 milhões de pessoas, o que representa uma alta de 3,9% (mais 913 mil pessoas) em relação ao mesmo período de 2018.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada ficou estável em relação ao trimestre anterior e na comparação anual e somou 33,2 milhões de trabalhadores.

A taxa de subutilização da força de trabalho caiu, puxada pelo aumento da jornada de trabalho dos informais e pela redução do contingente dos que trabalham menos de 40 horas semanais – subocupados por insuficiência de horas trabalhadas – de 24,6% no trimestre móvel anterior para 23,8%, mas ainda atinge 27,1 milhões de trabalhadores e trabalhadoras.

De acordo com a analista da pesquisa do IBGE Adriana Beringuy, a redução da taxa de subutilização da força de trabalho está relacionada “a um maior número de pessoas trabalhando mais horas, o que diminui o contingente de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas”, ou seja, aqueles que trabalham menos de 40 horas por semana, mas gostariam e estavam disponíveis para trabalhar mais.

O número de subocupados diminuiu 4,5% em relação ao trimestre anterior, com uma redução de 332 mil pessoas, atingindo 7 milhões de trabalhadores.

O número de desalentados (aqueles que desistiram de procurar emprego) também recuou, para 4,6 milhões, com queda de 4,5% (menos 217 mil pessoas) em relação ao trimestre móvel anterior, mas estatisticamente estável frente ao mesmo trimestre de 2018.

Confira alguns números do trimestre encerrado em outubro da Pnad:

Taxa de desemprego – 11,6%

Total de desempregados – 12,4 milhões de pessoas

Taxa de subutilização – 23,8%

Total de subutilizados – 27,1 milhões

Desalentados – 4,6 milhões

Sem carteira – 11,9 milhões

Por conta própria – 24,4 milhões

As informações são da CUT.