“Temos nove irmãos mortos, até o meio dia e há dois que estão em estado grave”, disse hoje (16) o representante da Ouvidoria em Cochabamba, Nelson Cox.
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Na noite desta sexta-feira (15), a Ouvidoria havia confirmado a morte de seis plantadores de coca que faziam parte das mobilizações.
Os agricultores da província de Chapare, que apoiam o presidente deposto Evo Morales, tentaram atravessar a ponte Huayllani, que liga a cidade de Sacaba a Cochabamba, mas encontraram uma barreira policial que os impedia de passar. Minutos depois, as forças de segurança começaram a reprimir fortemente os manifestantes.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) reprovou “o uso excessivo da força pelas forças de segurança em Cochabamba”.
“As armas de fogo devem ser excluídas dos dispositivos utilizados para controlar os protestos sociais”, lembrou a CIDH.
O presidente deposto Evo Morales condenou “perante o mundo” a repressão “com balas” das Forças Armadas e da Polícia às pessoas “que exigem pacificação e substituição do Estado de Direito”. “Agora eles matam nossos irmãos em Sacaba, Cochabamba”, denunciou nas redes sociais, do exílio no México.
Condeno y denuncio ante el mundo que el régimen golpista que tomó el poder por asalto en mi querida Bolivia reprime con balas de las FFAA y la Policía al pueblo que reclama pacificación y reposición del Estado de Derecho. Ahora asesinan a nuestros hermanos en Sacaba, Cochabamba.
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) November 15, 2019
Com informações RT en Español.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.