Fachin negou pedido de prisão de Dilma; ex-presidenta divulga nota

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido da Polícia Federal para prender a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), o ex-ministro Guido Mantega, o ex-presidente do Senado, Eunício Oliveira e do ex-senador Valdir Raupp.

A PF também requereu a prisão preventiva do ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU).

A Polícia Federal deflagou hoje operação para investigar o repasse de R$ 40 milhões para políticos do MDB.

Fachin, relator da Lava Jato no STF, negou todos os pedidos da força-tarefa de Curitiba.

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmmann (PR), acusou o ex-juiz Sérgio Moro de usar a PF para tentar criar um escândalo e encobrir os crimes da família Bolsonaro no caso Marielle/Anderson.

“Isso se chama estado policial. Nem estamos no AI-5 e o ministro da Justiça (!) usa descaradamente a força contra a lei e o direito”, denunciou a dirigente petista.

Economia

A ex-presidenta Dilma emitiu uma nota oficial sobre o pedido negado de sua prisão. Segundo ela, “O pedido é uma oportuna cortina de fumaça. E também revela o esforço inconsequente do ministro da Justiça, Sérgio Moro”.

Leia a íntegra da nota de Dilma Rousseff sobre seu pedido de prisão pela PF:

NOTA À IMPRENSA

É estarrecedora a notícia de que a Polícia Federal pediu a prisão da ex-presidenta Dilma Rousseff num processo no qual ela não é investigada e nunca foi chamada a prestar qualquer esclarecimento.

A ex-presidenta sempre colaborou com investigações e jamais se negou a prestar testemunho perante a Justiça Federal, nos casos em que foi instada a se manifestar.

Hoje, 5 de novembro, ela foi convidada a prestar esclarecimentos à Justiça, recebendo a notificação das mãos civilizadas e educadas de um delegado federal. No final da tarde, soube pela imprensa do pedido de prisão.

O pedido de prisão é um absurdo diante do fato de não ser ela mesma investigada no inquérito em questão. E autoriza suposições várias, entre elas que se trata de uma oportuna cortina de fumaça. E também revela o esforço inconsequente do ministro da Justiça, Sérgio Moro no afã de perseguir adversários políticos. Sobretudo, torna visível e palpável o abuso de autoridade.

Ainda bem que prevaleceu o bom senso e a responsabilidade do ministro responsável pelo caso no STF, assim como do próprio Ministério Público Federal.

Assessoria de Imprensa
Dilma Rousseff