O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), deverá ser punido por defender “um novo AI-5” contra protestos no País.
O filho do presidente responde a processos no Conselho de Ética da Câmara por quebra do decoro parlamentar que podem render até a cassação do seu mandato. As representações foram feitas pela oposição e pelo próprio PSL.
LEIA TAMBÉM:
Bolsonaro aponta culpado pelo aumento do consumo de ovo de galinha
O marketing político de Sérgio Moro continua
Lula foi usado como trampolim de desembargadores do TRF4 para o Supremo
Segundo o jornalista Tales Faria, blogueiro do UOL, Eduardo deverá ser punido pelo menos com uma suspensão.
“Os líderes do centrão me disseram que o Eduardo Bolsonaro será, sim, punido por ter falado a favor do AI-5. Ele vai pegar pelo menos uma suspensão. Falam em um ou dois meses”, afirmou.
Em entrevista à jornalista Leda Nagle no mês passado, o deputado afirmou que se a esquerda “radicalizar” na oposição ao governo, uma resposta pode ser dada “via um novo AI-5”.
O fato de o ministro da Economia, Paulo Guedes, também ter defendido o AI-5 nesta semana deixou os parlamentares ainda mais afeitos a dar uma resposta ao núcleo governista.
Decretado em 1968, durante a ditadura militar, o AI-5 fechou o Congresso Nacional, cassou mandatos, suspendeu o direito a habeas corpus para crimes políticos, entre outras medidas que suspenderam garantias constitucionais.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.