Direita aposta em crise institucional com STF

Apesar de o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, afirmar que não vai tolerar uma crise institucional, as organizações de direita apostam no impasse como luta política.

Lavajatistas e bolsonaristas estão convocando para o próximo domingo (17/11), por exemplo, manifestações pelo impeachment do ministro Gilmar Mendes. Nas redes sociais, os robôs levantaram a hashtag #ImpeachmentGilmarMendes.

A escolha e Gilmar como alvo central dessa campanha tem um móvito: o ministro do STF é o relator na Segunda Turma do habeas corpus, pedido pela defesa do ex-presidente Lula, pedindo a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro.

O Blog do Esmael anotou mais cedo que os cinco ministros da Segunda Turma devem definir nos próximos dia a pauta de julgamento do HC. São integrantes desse colegiado:

• Ministra Cármen Lúcia (presidenta)
• Ministro Celso de Mello
• Ministro Gilmar Mendes
• Ministro Ricardo Lewandowski
• Ministro Edson Fachin

“Se um cair os outros caem em seguida!”, dizem os memes de direita comparando os ministros do Supremo a dominós em pé.

Economia

A aposta na crise institucional entre o STF e o Congresso Nacional é estimulado pelo ministro Sérgio Moro. Pelo Twitter, o ex-juiz faz campanha aberta pela aprovação de PEC 410 na CCJ da Câmara autorizando a prisão em segunda instância, apesar de a Corte Máxima ter decisão pela impossibilidade da antecipação da pena sem o trânsito em julgado.

Dias Toffoli garante que o judiciário e a Justiça são feitos para a pacificação social. Segundo ele, se alguém quer se valer da Justiça para uma luta social, não vai conseguir.

“A Justiça não tolerará uma crise institucional e saberá agir a tempo e a hora”, afirma o presidente do Supremo Tribunal Federal, que ainda afirma: “o Judiciário saberá agir no momento certo”.

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