Cuba decide retirar médicos da Bolívia após detenção de profissionais

O governo de Cuba anunciou nesta sexta-feira (15) a saída imediata, por razões de segurança, de médicos que se encontram em território boliviano e exigiu a soltura imediata de quatro que foram detidos, acusados de financiar protestos no país andino.

“O Ministério das Relações Exteriores rechaça as falsas acusações de que esses companheiros incentivam ou financiam protestos, que baseiam em mentiras deliberadas sem fundamento algum”, diz um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores cubano.

LEIA TAMBÉM:
Evo Morales: “Não tenho nenhum problema em não participar das novas eleições”

Glenn Greenwald, do Intercept, vê Deltan Dallagnol “marcado para morrer”

#AmanhaGilmarMendesCai acelera suspeição de Sérgio Moro no STF

Segundo Havana, eles foram presos pela polícia quando voltavam para casa após sacar dinheiro “para pagar serviços básicos e aluguéis dos 107 membros da Brigada Médica na região”.

Economia

“A detenção ocorreu sob a caluniosa presunção de que o dinheiro seria destinado ao financiamento dos protestos. Os representantes da polícia e do Ministério Público visitaram as sedes da Brigada Médica em El Alto e La Paz e corroboraram, a partir de documentos, nomes e dados bancários, que a quantia coincidia com a retirada regularmente todos os meses”, argumenta a nota.

A estimativa é de que 725 cubanos deixem a Bolívia. A data e as condições do regresso ainda não foram definidas.

O ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, usou o Twitter para pedir a “imediata liberação” dos quatro detidos e “o fim da campanha política de perseguição, violência e ódio contra os cubanos, além de garantias de um retorno seguro” dos profissionais à ilha.


Com informações do R7.