Contra Ratinho, escolas e universidades fecham as portas na segunda-feira

O governador Ratinho Junior (PSD) será alvo de uma ampla greve de professores e funcionários da educação básica e das universidades estaduais do Paraná. Todas as 33 demais categorias do serviço público estadual também cruzarão os braços na semana que vem.

O movimento paredista terá início nesta segunda-feira (02) contra a reforma da previdência de Ratinho.

Várias categorias do serviço se uniram para derrubar a PEC elaborada pelo governo estadual, uma cópia da diabólica reforma da previdência de Jair Bolsonaro –que acabou com a aposentadoria.

Na terça-feira, dia 3, o funcionalismo da educação participará da mobilização estadual convocada pelo Fórum das Entidades Sindicais (FES).

O ato começará às 8h30 com concentração na Praça do Homem e da Mulher Nus (19 de Dezembro).

A educação pretende fazer uma assembleia geral às 16h em frente ao Palácio Iguaçu para avaliar os próximos passos da greve.

Economia

O modelo de Ratinho para a previdência impõe aos servidores mais uma grande perda, haja vista que eles já sofrem com salário defasado.

Confira os principais ataques do filho do apresentador Ratinho:

  • Com o aumento da alíquota de 11% para 14%, o funcionalismo perde 3% de salário.
  • Assim serão 3% de defasagem contra 2% do reajuste.
  • No final, as categorias perdem 1% de poder de compra.
  • Isso inclui os já aposentados, que pagarão 14% sobre o que passar de dois salários mínimos.
  • A proposta de Ratinho também estabelece contribuição de 14% sobre valores de aposentadoria que forem maiores que dois salários mínimos nacional.
  • Hoje a contribuição é de 11% sobre o que excede o teto do INSS. Mais um ataque absurdo sobre quem já recebe os menores salários do Estado.

A APP-Sindicato, entidade que representa a educação básica, denuncia ainda as propostas para educação de Ratinho, que vão na contramão do Plano Nacional de Educação (PNE).

Segundo os educadores, o governo Ratinho não enfrenta o problema da evasão escolar e utiliza esses dados como justificativa para fechar turmas e escolas, restringir a oferta do Ensino Médio noturno e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

De acordo com o sindicato, o governo trata a educação como mercadoria e precariza ainda mais as condições do processo de ensino-aprendizagem nas escolas.

O presidente da APP-Sindicato, Professor Hermes Leão, destaca que os servidores estão reforçando a mobilização para greve e convoca todos para que participem do ato público estadual.

“Esse vai ser um dia muito importante na nossa luta. Nós precisamos dar uma resposta muito forte ao governador Ratinho e a todos que participam deste processo de ataque aos nossos direitos. Também faremos uma grande assembleia estadual da nossa categoria. Nós precisamos fazer a luta contra a aprovação dessa reforma da previdência, ainda mais grave do que a já feita em nível nacional e também nós precisamos trabalhar como será a distribuição de aulas e também debater sobre o fechamento do ensino médio noturno”, enfatiza Professor Hermes Leão.

LEIA TAMBÉM
Falta de Educação de Bolsonaro deixa o Mercosul

Em SP, professores aprovam greve contra reforma da Previdência de Doria

Greve dos professores do Rio Grande do Sul continua firme e forte