Bolsonaro e Paulo Guedes dão calote após reforma da previdência, reclamam deputados

Não foi por falta de aviso. Em julho, este Blog do Esmael anotou que o presidente Jair Bolsonaro estava dando um ‘cheque sem fundos’ para deputados e senadores aprovarem a reforma da previdência. Dito e feito.

No dia 10 de julho esta página registrou para a posterioridade:

O “empenho” não significa necessariamente que os valores serão executados pelo governo federal. Pelo contrário. Apenas indica que essa reversa tem “prioridade” no Orçamento da União, mas, na prática, o deputado pode ser enganado e ficar com um “borrachudo” na mão (cheque sem fundo).

Pois bem, os parlamentares agora cobram a fatura de Paulo Guedes e Bolsonaro. Um joga a batata quente para o outro com o intuito de enrolar deputados e senadores, qual seja, efetivar o calote.

O deputado Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP), o Paulinho da Força, relata um encontro com o presidente Bolsonaro com o intuito de pressioná-lo para o pagamento de emendas prometidas em troca da aprovação da reforma da previdência.

“O ministro [Paulo Guedes] tem tido boa vontade e está tentando ajudar. Mas é um governo em que não se sabe quem manda. Os ministros não conseguem tocar as negociações”, reclamou Paulinho da Força, segundo o site Congresso em Foco.

Em retaliação, os congressistas estão deixando de votar assuntos que interessam ao governo e deixando passar o que não interessa a Bolsonaro.

Economia

Paulinho revela o tamanho do toma-lá-dá-cá havido entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, durante a votação do fim da aposentadoria dos brasileiros. Segundo ele, dos 370 deputados que votaram a favor da reforma da previdência, 304 não tiveram um centavo sequer liberado até o momento.

A oposição promete anexar essa denúncia espontânea à ficha corrida de Bolsonaro.

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