WhatsApp admite disseminação em massa de fake news nas eleições de 2018

O WhatsApp admitiu pela primeira vez que a eleição brasileira de 2018 teve uso de envios maciços de mensagens, com sistemas automatizados contratados de empresas, informa nesta terça-feira (8) o jornal Folha de S.Paulo.

“Na eleição brasileira do ano passado houve a atuação de empresas fornecedoras de envios maciços de mensagens, que violaram nossos termos de uso para atingir um grande número de pessoas”, afirmou Ben Supple, gerente de políticas públicas e eleições globais do WhatsApp, em palestra no Festival Gabo.

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O executivo também afirmou que a plataforma já esperava que as eleições brasileiras de 2018 fossem um terreno fértil para a disseminação de fake news.

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“Sempre soubemos que a eleição brasileira seria um desafio. Era uma eleição muito polarizada e as condições eram ideais para a disseminação de desinformação”, disse.

“No Brasil, muita gente usa o WhatsApp como fonte primária de informação e não tem meios para verificar a veracidade do conteúdo.” No entanto, apenas uma minoria comete irregularidades, completou.

Nas eleições presidenciais de 2018, a campanha de Jair Bolsonaro (PSL) montou um esquema de impulsionamento em massa de fake news no WhatsApp contra o PT e Fernando Haddad. O serviço foi prestado pelas agências Quickmobile, CrocServices e Yacows e pago por um grupo de empresários através de caixa 2.