Por 60 votos a 19, o plenário do Senado aprovou na noite desta terça-feira (22) a reforma da previdência. Com o resultado, a aposentadoria dos brasileiros foi enterrada em solenidade rápida, sem muita discussão.
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou que a reforma da previdência aprovada, em 2° turno, aqui no
é uma imensa derrota que o governo Jair Bolsonaro (PSL) impõe aos trabalhadores brasileiros e à população mais pobre.
“Vamos tentar aprovar destaques que mitiguem seus efeitos perversos”, disse.
“Dia lamentável para o povo brasileiro, que dia após dia vê seus direitos sendo rasgados por um governo de extrema-direita aliado ao mercado financeiro e a um parlamento conivente. Vergonha!”, protestou o PSOL.
O deputado Carlos Zaratini (PT-SP) disse que hoje, é um dia histórico e triste.
“Dia que Senado ratifica decisão de Bolsonaro de ACABAR com a aposentadoria de milhares de brasileiros. Vai manter privilégio dos mais ricos e acabar com os direitos dos mais pobres. Resultado a curto prazo: pobreza e desalento dos nossos idosos.”
A deputada Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, relacionou a decisão do Senado aos protestos que sacodem o Chile.
“Escalada de violência no Chile é resultado da política econômica liberal, que retira direitos, e da repressão militar para conter protestos. É a receita clássica da direita para tratar o povo: aumento de preços dos serviços, corte de salários, desemprego e, polícia para quem protesta”, comparou.
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Acerca da reforma da previdência
Dentre as diabólicas medidas da reforma da previdência estão:
– fixação de uma idade mínima (65 anos para homens e 62 anos para mulheres) para a aposentadoria;
– extinção da aposentadoria por tempo de contribuição;
– valor da aposentadoria a partir da média de todos os salários (em vez de permitir a exclusão das 20% menores contribuições);
– elevação das alíquotas de contribuição para quem ganha acima do teto do INSS (hoje em R$ 5.839,00);
– regras de transição para os trabalhadores em atividade;
– cumprida a regra de idade, a aposentadoria será de 60% com o mínimo de 15 anos de contribuição; e
– aposentadoria com 100% só com 25 anos de contribuição para mulheres e 40 para homens.
Bolsonaro e Guedes querem confiscar a poupança previdenciária dos trabalhadores brasileiros para concentrar esse dinheiro, quase um trilhão de reais, nas mãos de meia dúzia de bancos privados.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.