PF indicia ministro do Turismo por esquema de candidaturas laranja do PSL

A Polícia Federal (PF) indiciou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, por envolvimento no esquema de candidaturas laranja do PSL em Minas Gerias.

O relatório policial com o indiciamento de Álvaro Antônio foi enviado nesta sexta-feira (4) ao Ministério Público de Minas (MP-MG).

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O ministro é suspeito de ter praticado os crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa, quando era presidente estadual do PSL em Minas.

Economia

Segundo as investigações da PF, o PSL mineiro usou de candidaturas de mulheres na eleição de 2018 para desvio da verba do fundo eleitoral.

Além do ministro, também foram indiciadas outras dez pessoas acusadas de participação no esquema.

Em março, durante um café da manhã com jornalistas, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que tomaria uma decisão sobre a permanência do ministro se a polícia concluísse pelo envolvimento dele no caso das candidaturas laranjas.

“Podem ter certeza que uma decisão será tomada, lamento”, afirmou o presidente na ocasião.

Duas ações da PF foram deflagradas para investigar o caso. Em abril, a primeira fase da operação cumpriu sete mandados de busca e apreensão em cinco cidades de MG, incluindo a sede da legenda em Belo Horizonte. A segunda fase aconteceu em junho e cumpriu três mandados de prisão contra três assessores de Ávaro Antônio.

Confira quem foi indiciado pela PF:

•Marcelo Álvaro Antônio – ministro

•Mateus Von Rondon – assessor especial do ministro, preso em junho deste ano

•Irineu Inacio da Silva – deputado estadual em Minas pelo PSL – conhecido como Professor Irineu

•Lilian Bernardino – suspeita de ser candidata-laranja

•Debora Gomes – suspeita de ser candidata-laranja

•Camila Fernandes – suspeita de ser candidata-laranja

•Naftali Tamar – suspeita de ser candidata-laranja

•Marcelo Raid Soares

•Roberto Silva Soares – Assessor do ministro, preso em junho deste ano

•Reginaldo Donizeti Soares – irmão de Roberto Silva Soares, sócio de duas empresas que prestaram serviço eleitorais às candidatas investigadas

•Haissander de Paula – ex-assessor do ministro quando ele era deputado federal, preso em junho deste ano

Com informações do O Globo.