Moraes manda investigar relação entre rede de fake news pró-Bolsonaro e ataques ao STF

Alexandre de Moraes O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ordenou que a Polícia Federal (PF) investigue a relação entre uma rede de disparos de mensagens de WhatsApp favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), ativa desde as eleições passadas, e os ataques sofridos pelos ministros da Corte na internet.

O pedido foi feito dentro do chamado “inquérito das fake news”, aberto pelo próprio tribunal sob o comando de Moraes.

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Uma rede de disseminação de fake news pró-Bolsonaro, com uso de robôs e disparo em massa de mensagens, não foi completamente desativada depois das eleições presidenciais do ano passado.

Economia

Muitas linhas telefônicas utilizadas nos disparos durante as eleições são usadas hoje em dia para administrar grupos públicos de WhatsApp a favor do governo Bolsonaro.

Agora, o STF quer saber se a mesma estrutura é utilizada para disseminar os ataques e ameaças aos ministros que motivaram a abertura do inquérito na corte.

Em 19 de março, um despacho de Alexandre de Moraes mostrou que uma das linhas de investigação no inquérito aberto pelo STF era “a verificação da existência de esquemas de financiamento e divulgação em massa nas redes sociais, com o intuito de lesar ou expor a perigo de lesão a independência do Poder Judiciário e ao Estado de Direito”.

Recentemente, o gerente de políticas públicas e eleições globais do WhatsApp, Ben Supple, admitiu publicamente que houve disparos em massa ilegais nas eleições do Brasil.

“Na eleição brasileira do ano passado houve a atuação de empresas fornecedoras de envios massivos de mensagens, que violaram nossos termos de uso para atingir um grande número de pessoas”, afirmou o executivo do aplicativo.

Com informações do UOl