O ex-presidente Lula luta para “permanecer” preso na Polícia Federal de Curitiba até, pelo menos, a ação que pede a imparcialidade do ex-juiz Sérgio Moro.
A defesa do petista monta estratégias para afastar a progressão de regime. Desde abril, o ex-presidente tem o direito ao semiaberto.
Lula, reiteradas vezes, afirmou que não barganha sua dignidade pela liberdade proposta por seus algozes. Ele só aceita a liberdade plena, ou seja, a anulação da sentença que o condenou.
O advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin Martins, afinará a estratégia de defesa com o seu cliente nesta segunda-feira (14).
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Dentre os passos de Lula para “permanecer” preso em Curitiba estão:
* conclusão de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF);
* falta de imparcialidade do ex-juiz Moro;
* MP é parte ilegítima para pedir progressão de regime; e
* desobrigação de cumprimento do semiaberto, de acordo com a Lei de Execuções Penais.
Para que o leitor compreenda as nuanças, Lula não quer deixar a prisão como um condenado. Ele quer deixar de ser réu e resgatar seus direitos políticos. A anulação da sentença do caso tríplex, por exemplo, traria o processo à condição inicial.
Resumo da ópera: Lula rejeita deixar a prisão, mas é o Supremo quem continua preso; a corte máxima foi colocada atrás das grades pela Lava Jato
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.