Globo liga a Bolsonaro suspeitos de matar Marielle; STF deve investigar caso penal

A TV Globo levou ao ar explosiva reportagem na noite desta terça-feira (29), no Jornal Nacional, ligando os assassinos da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) ao presidente Jair Bolsonaro (PSL).

A emissora dos Marinhos fez questão de esclarecer na abertura da matéria que, como o presidente da República foi citado, é dever do Supremo Tribunal Federal (STF) investigar o caso.

A Globo afirmou no Jornal Nacional que o suspeito da morte de Marielle se reuniu com outro acusado no condomínio de Bolsonaro, antes do crime.

Às 17h10 da data do crime, o porteiro do condomínio Vivendas da Barra escreve no livro de visitantes o nome de quem entra, Élcio, o carro, um Logan, a placa, AGH 8202, e a casa que o visitante iria, a de número 58.

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A reportagem traz relato do porteiro segundo qual o suspeito, ao entrar, alegou que ia para a casa do presidente e que ao interfonar na “casa 58” atendeu o “Seu Jair”. A casa 58 pertence ao presidente Jair Bolsonaro.

O presidente Bolsonaro também é dono da casa 36, onde vive um dos filhos dele, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PSC) –conhecido como Carluxo.

Sempre de acordo com o JN, o porteiro explicou que, depois que Élcio entrou, ele acompanhou a movimentação do carro pelas câmeras de segurança e viu que o carro tinha ido para a casa 66 do condomínio. A casa 66 era onde morava Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle e Anderson.

Ainda de acordo com o JN, há uma contradição no depoimento do porteiro do condomínio porque –de acordo com registros– Bolsonaro estava na Câmara neste dia.