A Folha dá azo ao anacronismo ao publicar que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) é bastante parecido com o ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez, morto em 2013.
Para fundamentar sua ideologia, o jornalão paulistano recorreu à jornalista venezuelana Beatriz Adrián.
“Parece Chávez no começo do governo. Ele insultava a imprensa, ria dos jornais e criticava repórteres publicamente”, definiu sobre Bolsonaro.
Adrián foi repórter da TV Globovisión e, atualmente, trabalha em Caracas como correspondente da TV e Rádio Caracol, da Colômbia, país historicamente estremecido com a Venezuela.
A Folha, ao longo deste ano, publicou editoriais e macaqueou reportagens da Globo contra o presidente constitucional Nicolás Maduro. No início, o jornal indicou que poderia apoiar uma aventura militar de Bolsonaro contra o vizinho caribenho.
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Na verdade, Bolsonaro está mais próximo da Folha e mais distante de Chávez –embora o primeiro [Bolsonaro] seja um fã declarado do ex-presidente bolivariano.
O presidente brasileiro, em outra oportunidade, dissera que Hugo Chávez seria a última esperança da América Latina.
Mas como assim a Folha é mais parecida com Bolsonaro? Ora, o jornalão paulistano foi favorável a todas as patifarias econômicas que prejudicam os trabalhadores e o povo brasileiro. A mais saliente é a reforma da previdência, que acaba com a aposentadoria e privilegia os bancos privados.
A Folha também flertou com a agressão ao país de Chávez e Maduro por meio da violência em conluio com os Estados Unidos.
A Folha, só compra quem não conhece.
A revista Carta Capital foi quem melhor definiu Bolsonaro: “Chávez do Avesso”.
Este Blog do Esmael também arrisca uma definição para o Bolsonaro: Chávez depois do sarampo.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.