Conselhos tutelares: Fraudes e desorganização anulam 9 eleições no país


As eleições para os conselhos tutelares, neste domingo (6), foram marcadas por forte polarização política em todo o país. Setores das igrejas evangélicas, católicos, grupos políticos de esquerda e prefeitos mobilizaram milhares de pessoas, o que mostrou a relevância da função dos novos conselheiros tutelares que vão atuar pelos próximos quatro anos nas capitais e municípios brasileiros.

A ocorrência de fraudes, como compra de votos e boca de urna foram registradas e ao menos nove eleições que terão de ser repetidas, como é o caso de Curitiba, Paranaguá (PR) e Olinda (PE). Até o final da tarde de domingo, 16 capitais e o Distrito Federal já haviam conhecidos os novos conselheiros, que vão tomar posse no cargo em janeiro do próximo ano.

Na cidade de São Paulo, das 52 unidades tutelares, três tiveram as votações anuladas por fraudes: Pirituba e Pinheiros, na Zona Oeste, e em Lajeado, na Zona Leste. A prefeitura da capital paulista irá marcar uma nova data para realizar a votação nesses bairros.

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Em Curitiba, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente (Comtiba) decidiu anular as eleições alegando problemas organizativos e irregularidades. O nova data para as eleições será definida ainda nesta semana. O mesmo aconteceu em Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba, que suspendeu a eleição por um erro na formatação das cédulas. Em Paranaguá, no litoral do Estado, a Justiça suspendeu as eleições.

No Rio de Janeiro, o Ministério Público vai investigar a denúncia de 103 irregularidas e examina impugnações de candidatos ligados aos grupos de evangélicos e milicianos.