Chile: uma semana de rebelião; milhões nas ruas do país nesta sexta


Em uma nova e multitudinária manifestação nesta sexta-feira (25) mais de 1 milhão de chilenos realizaram a marcha ‘a maior de todas’, com concentração na Plaza Italia, local das concentrações em Santiago. O 7º dia nacional de protesto aconteceu em todo o país e demanda o fim do governo neoliberal de Sebastián Piñera, a convocação de uma Assembleia Constituinte e medidas imediatas de proteção social aos mais pobres.

As manifestações desta sexta-feira foram iniciadas com uma gigantesca carreata de centenas de caminhoneiros, taxistas e carros particulares, que desde cedo ocupam e bloqueiam as estradas que chegam a Santiago, rodovias urbanas e ruas de várias capitais.

O volume das manifestações brecou em grande medida a sanha repressiva do governo Piñera.

Na segunda-feira (28), uma missão do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, liderada pela ex-presidente chilena Michelle Bachelet, fará uma verificação da situação após a declaração do estado de emergência e o toque de recolher pelo governo em 18 de outubro, em resposta ao protesto nacional maciço.

O grupo de três especialistas enviados pela ONU se reunirá com altos funcionários do governo, representantes da sociedade civil, vítimas, instituições nacionais de direitos humanos e visitará várias cidades do país.

LEIA TAMBÉM:

Economia

Chile: Greve geral e milhares nas ruas pedem ‘fuera Piñera’

Brasil, o Chile manda lembranças…

O último saldo entregue pelo Instituto Nacional de Direitos Humanos (NHRI) registra 23 mortos, 2.890 detidos e 582 feridos após a repressão na quinta-feira desta quinta-feira, 24 de outubro.

Novas manifestações foram convocadas para os próximos dias e o establishment político debate ainda uma saída para a crise.

Assista aos vídeos: