Caso Marielle: PT pede convocação de Moro para explicar intimidação ao porteiro


A Bancada do PT no Senado e a Liderança da Minoria na Casa querem a convocação do ministro da Justiça, Sérgio Moro, para explicar a sua intervenção nas investigações do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), os fatos apurados sobre o crime baterem à porta do presidente da República, Jair Bolsonaro.

“A conduta de Moro precisa ser investigada e explicada”, cobra o Líder do PT, senador Humberto Costa (PE). Junto com o Líder da Minoria, Randolfe Rodrigues (REDE-AP), ele é autor do requerimento de convocação do ministro para prestar esclarecimentos à Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC).

Nesta quarta-feira (30) Moro, pediu ao procurador-geral da República, Augusto Aras, a instauração de um inquérito para apurar o depoimento que cita o presidente Jair Bolsonaro na investigação sobre a morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes. Ele alega que o chefe do Executivo estaria sendo “vítima de denunciação caluniosa”.

Na véspera, foi revelado que o principal suspeito do duplo assassinato, Élcio Queirós, esteve no condomínio onde Bolsonaro tem casa, no Rio de Janeiro, na véspera do crime. A entrada de Queirós no condomínio teria sido autorizada por alguém da residência do presidente, segundo depoimento do porteiro.

LEIA TAMBÉM:

Mourão diz que depoimento de porteiro sobre caso Marielle ‘pertuba’ o governo

Economia

Procuradora nega versão do porteiro do condomínio de Bolsonaro

Movimentos convocam atos: ‘Basta de Bolsonaro – Justiça por Marielle’ para o dia 5/11

Foi o suficiente para que Moro pedisse à PGR a abertura de um inquérito para investigar não apenas a testemunha — o porteiro do Condomínio Vivendas da Barra — como também as autoridades policiais que conduzem a investigação.

“Moro não é advogado de Bolsonaro. É inaceitável que o ministro da Justiça se dirija ao PGR para intimidar uma testemunha”, avalia o senador Humberto Costa.

*As informações são do PT no Senado