Caiu o ‘Muro de Berlim’ dos neoliberais na América Latina

A esmagadora vitória eleitoral de Alberto Fernández, na Argentina, e o despertar no Chile simbolicamente representam a queda do ‘Muro de Berlim’ para o neoliberalismo na América Latina.

Eleito com mais de 48% dos votos, Fernández foi chefe de gabinete Néstor Kirchner –morto em 2010 e que governou o país entre 2003 e 2007.

A fórmula “K” que derrotou o atual presidente Mauricio Macri e que derrubou o ‘Muro de Berlim’ dos neoliberais na região consiste na presença da ex-presidente Cristina Kirchner na vice.

A derrota deste domingo (27) na Argentina, não se limita a Macri e ao modelo de neoliberalismo econômico. Também se estende ao presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), que não mediu esforços para derrotar os “comunistas” peronistas.

A queda do ‘Muro de Berlim’ da América Latina tem impactos ainda:

– Na Bolívia, que manteve afastados liberais com a reeleição de Evo Morales;

Economia

– Com a possibilidade de continuidade da Frente Ampla no Uruguai, que terá segundo turno;

– Na Revolta do Chile (ainda em curso) contra o mais perverso modelo neoliberal do mundo; e

– No levante indígena no Equador contra a submissão do presidente Lênin Moreno ao FMI.

Portanto, os ventos contrários ao neoliberalismo já começaram a ser sentidos no Brasil, dos pontos de vista político e econômico.

Do ponto de vista econômico, a recessão e a degradação da qualidade de vida dos brasileiros que não têm emprego nem renda; do ponto de vista político, a iminente soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pode ser a solução para restaurar a prosperidade e a felicidade da Nação.

*PS: a analogia com o Muro de Berlim, destruído em 1991, se deu porque aquele evento nas duas Alemanhas (oriental e ocidental) significou a defensiva política e ideológica para a esquerda no mundo cujos efeitos ainda são sentidos após 28 anos.

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