Geringonça é nome da exitosa aliança de esquerda que governa Portugal desde 2015 e que retomou a economia naquele país.
A Folha reconhece que a esquerda teve o mérito de revigorar a economia combalida pela grave crise financeira da década passada.
Ora, o que fez a Geringonça para dar mais uma vitória ao primeiro-ministro António Costa?
Abandonou a ideia de jerico de privatização de estatais; aumentou o salário mínimo, das aposentadorias, pensões e benefícios previdenciários; revigorou os vencimentos dos funcionários públicos; na contramão da União Europeia, admitiu migrantes para recompor sua força de trabalho.
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A Folha sofre da Síndrome Luana Piovani: é contra as medidas desenvolvimentistas no Brasil, portanto neoliberais, porém elogia as ações antineoliberais Além-Mar.
Está aí a criminosa venda onerosa do pré-sal e a reforma da previdência para confirmar o anacronismo da direita brasileira representada pelo jornalismo militante da Folha.
A Folha defende a mesmíssima coisa que Bolsonaro na esfera econômica, qual seja, no âmbito do neoliberalismo, contra o povo.
O jornalão paulistano até flerta com a possibilidade de agressão e invasão à Venezuela.
Uma sugestão do Blog do Esmael: a aliança de esquerda que pretende voltar ao Palácio do Planalto em 2022 poder-se-ia chamar “Estrovenga”.
Será que a Folha se renderia à “Estrovenga” brasileira?
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.