Procuradores protestam contra a indicação de Aras em todo o país


A queda de braço entre os procuradores e o presidente Jair Bolsonaro (PSL) continua em torno da indicação de Augusto Arias para assumir o cargo de procurador-geral da República (PGR). A “categoria” organizou protestos em diversos estados contra a indicação de um nome de que não fazia parte da lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), uma praxe introduzida pelo governo petista em 2003.

Procuradores de Sergipe, Rondônia, Rio de Janeiro, Amazonas, Rio Grande do Sul, Tocantis, Pernambuco, Minas Gerais, Amapá e do Distrito Federal protestaram nesta segunda-feira (9) contra a indicação de Augusto Aras.

Após o anúncio da indicação no novo procurador, a associação divulgou nota na qual classificou a escolha como “retrocesso democrático e institucional”. “O indicado não foi submetido a debates públicos, não apresentou propostas à vista da sociedade e da própria carreira”, diz trecho da nota.

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Na semana passada, o presidente da República afirmou querer um procurador-geral “alinhado” com as “bandeiras” do governo, que foi comparado a um jogo de xadrez: ele, Bolsonaro, seria o “rei”, e o procurador-geral, a “dama”.

O mandato da atual procuradora-geral, Raquel Dodge, termina em 17 de setembro. Mas, para assumir o cargo, Aras ainda precisa ser aprovado pelo Senado.