Além do esporro pela ação policial no Congresso, na manhã desta quinta (19), o encontro às pressas entre o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ministro Sérgio Moro tinha outro objetivo: debater 1 nova bomba da VazaJato prestes a explodir pelo site The Intercept Brasil.
Em condições normais, em que Moro e Bolsonaro não estivem com o destino unidos pela #VazaJato, muito provavelmente, o ministro da Justiça teria saído demitido esta tarde do Palácio da Alvorada, residência da Presidência da República, local da reunião de emergência.
Nos últimos dias e horas, o jornalista Glenn Greenwald, fundador do Intercept, vem indicando que vem aí chumbo grosso da #VazaJato no esquema do presidente Jair Bolsonaro.
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“É incrível o quanto turbulências foram criados nas políticas brasileiras – inclusive com os próprios apoiadores de Bolsonaro na direita – tudo para proteger um garoto de ser responsabilizado por corrupção. Parece que o medo de Bolsonaro estender muito além de apenas um menino”, escreveu o fundador do Intercept, referindo-se ao senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
O diabo é que os escândalos se entrelaçaram, os do presidente da República e seu clã com os da Lava Jato. Tanto os Bolsonaro quanto Moro e os procuradores da força-tarefa são, indistintamente, acusados pelo Intercept de cometer crimes e corrupção.
Muito provavelmente, Moro e Bolsonaro tenham sido alertados pela reportagem do Intercept, que, de praxe, ouve o outro lado.
São parceiros do site de Greenwald os seguintes veículos de comunicação: Folha, Veja, UOL, El País e o blogueiro Reinaldo Azevedo, da Bandnews FM.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.