Janot é prova de que a Lava Jato nunca foi coisa séria

O ministro Gilmar Mendes, do STF, recomendou tratamento psiquiátrico ao ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Eis a nota de Mendes:

“Dadas as palavras de um ex-procurador-geral da República, nada mais me resta além de lamentar o fato de que, por um bom tempo, uma parte do devido processo legal no país ficou refém de quem confessa ter impulsos homicidas. Se a divergência com um ministro do Supremo o expôs a tais tentações tresloucadas, imagino como conduziu ações penais de pessoas que ministros do Supremo não eram. Afinal, certamente não tem medo de assassinar reputações quem confessa a intenção de assassinar um membro da Corte Constitucional do País. Recomendo que procure ajuda psiquiátrica.”

Gilmar tem razão, mas, além de ajuda psiquiátrica, vale ressaltar que o comportamento doentio de Janot é prova cabal de que a Lava Jato nunca foi coisa séria. ‘O devido processo legal ficou refém de um homem que tinha impulsos homicidas’, escreveu acertadamente o ministro do Supremo Tribunal Federal.

O fetiche do combate à corrupção esteve nas mãos de psicopatas, segundo o magistrado do STF.

“O combate à corrupção no Brasil — justo, necessário e urgente — tornou-se refém de fanáticos que nunca esconderam que também tinham um projeto de poder”, destacou o ministro, que, a despeito do risco de morte que correu, promete continuar a defesa da Constituição e o devido processo legal.

Gilmar Mendes não perdeu a oportunidade de ironizar o “assassino” da língua portuguesa, segundo ele, que seria o ex-procurador-geral Rodrigo Janot.

Economia

“Confesso que estou algo surpreso. Sempre acreditei que, na relação profissional com tão notória figura, estava exposto, no máximo, a petições mal redigidas, em que a pobreza da língua concorria com a indigência da fundamentação técnica. Agora ele revela que eu corria também risco de morrer.”

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Leia a íntegra da nota de Gilmar Mendes:

Dadas as palavras de um ex-procurador-geral da República, nada mais me resta além de lamentar o fato de que, por um bom tempo, uma parte do devido processo legal no país ficou refém de quem confessa ter impulsos homicidas, destacando que a eventual intenção suicida, no caso, buscava apenas o livramento da pena que adviria do gesto tresloucado. Até o ato contra si mesmo seria motivado por oportunismo e covardia.

O combate à corrupção no Brasil — justo, necessário e urgente — tornou-se refém de fanáticos que nunca esconderam que também tinham um projeto de poder. Dentro do que é cabível a um ministro do STF, procurei evidenciar tais desvios. E continuarei a fazê-lo em defesa da Constituição e do devido processo legal.

Confesso que estou algo surpreso. Sempre acreditei que, na relação profissional com tão notória figura, estava exposto, no máximo, a petições mal redigidas, em que a pobreza da língua concorria com a indigência da fundamentação técnica. Agora ele revela que eu corria também risco de morrer.

Se a divergência com um ministro do Supremo o expôs a tais tentações tresloucadas, imagino como conduziu ações penais de pessoas que ministros do Supremo não eram. Afinal, certamente não tem medo de assassinar reputações quem confessa a intenção de assassinar um membro da Corte Constitucional do País.

Recomendo que procure ajuda psiquiátrica.

Continuaremos a defender a Constituição e o devido processo legal.