Inter x Athletico: Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão alerta sobre o alto risco dos fogos de artifício

Na tarde de ontem (17), um torcedor do Athletico Paranaense sofreu um acidente e teve a mão esquerda amputada ao acender um rojão, enquanto esperava o ônibus do time no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região de Curitiba (PR).

O Athletico decide nesta quarta-feira (18), em Porto Alegre, o inédito título da Copa do Brasil.

O torcedor, identificado como Wesley Pontes, 38 anos, foi atendido em um hospital da região, mas a mão não pode ser reimplantada. O presidente da SBCM (Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão), Dr. Marcelo Rosa de Rezende, lembra que a utilização de fogos de artifício traz amplos riscos para as mãos. “Além de queimaduras, pode haver mutilações nos dedos e amputações de membro, como no caso deste torcedor”, comenta.

As mãos e punhos têm estruturas complexas, de grande importância no corpo, pois são formados por muitos ligamentos, ossos, nervos que propiciam sensibilidade e comandam os movimentos dos músculos e tendões, importantes artérias que irrigam os membros. “Uma lesão, trauma ou amputação traz graves consequências para a vida das pessoas. No caso do Wesley, por exemplo, ele, provavelmente, será afastado de seu trabalho, causando um impacto econômico em sua casa”, afirma o Dr. Marcelo.

Estatísticas

Estudos apontam que uma em cada 10 pessoas tem um de seus membros superiores amputados ao manusear fogos de artifício.

Economia

De acordo com o Sistema de Informação Hospitalar (SIM), nos últimos dez anos 5.063 pessoas foram internadas para tratamento por acidentes com fogos de artifício. Os homens representam a maioria dos registros: 4.245 internações, número que equivale à 83% do total de casos. As mulheres representaram 17% das ocorrências, com 853 internações.

A SBCM realiza anualmente campanhas de conscientização sobre o perigo do uso de fogos de artifício, com o objetivo de prevenir possíveis ocorrências de acidentes e queimaduras.