Enterro da menina Ághata gera comoção e protesto contra Witzel

O enterro da menina Ágahta Vitória Sales Félix, de 8 anos, na tarde deste domingo (22), no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte do Rio, foi marcado por forte comoção e protestos contra o governador Wilson Witzel (PSC). Centenas de populares acompanharam o cortejo e gritavam “Witzel assassino”, “polícia assassina” e queremos paz”.

A menina foi assassinada depois de ser atingida com um tiro de fuzil de um PM no Complexo do Alemão na sexta-feira (20). Ághata estava dentro de uma kombi.

O pai e a mãe de Ágatha seguiram o cortejo em silêncio. A mãe segurava uma boneca da turma da Mônica que era da menina. O tio, contou que ela estava ensinado inglês a ele. “Eu, com 28 anos, e ela estava me ensinando inglês. Peço que orem para que esta violência acabe e nenhuma família seja destruída como a minha está”, disse Cristian Sales.

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Emocionado, o avô de Ágatha, Ailton Félix, pediu justiça para a neta. “Alguém tem que acabar com isso. Uma criança não merece passar por isso. Um pai, um avô, uma mãe, não merecem passar por isso. Mataram uma inocente, uma garota inteligente, estudiosa, obediente, de futuro. Cadê os policiais que fizeram isso? A voz deles é a arma. A da minha neta era o lápis e um caderno. Ela fazia balé, fazia inglês, era uma filha exemplar. Até quando o governo vai acabar com as famílias? Até quando isso vai acontecer?”, questionou, diante do caixão”.

Ágatha era filha única. Sonhava em ser bailarina. Era estudiosa e não gostava de tirar notas baixas.

No cemitério várias pessoas relatavam os casos de violência policial em suas comunidades  e bairros.

*Com informações de O Dia (RJ)