Deputados dos Estados Unidos propõe resolução por ‘Lula Livre’


Um grupo de 17 parlamentares do Partido Democrata dos Estados Unidos quer que o governo estadunidense adote medidas contra o governo de Bolsonaro, entre elas estão: encerrar parcerias com o Brasil e retirar o apoio para que o país se torne aliado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

A manifestação é mais um desdobramento do discurso vergonhoso de Jair Bolsonaro na Assembleia-Geral da ONU na última quarta-feira (25). A proposta de resolução foi apresentada à Presidência da Câmara para obrigar o governo norte-americano a encerrar parcerias com o Brasil enquanto as políticas se mantiverem ativas.

Segundo publicação do ConJur, a prisão política e injusta de Lula foi um dos pontos que também entrou no documento dos parlamentares. No texto, os deputados consideram que a eleição de Bolsonaro foi danificada pela “desqualificação” – controversa de Lula – sua retirada do pleito – e pedem que o Supremo Tribunal Federal brasileiro julgue o mérito das acusações contra o ex-presidente e que lhe garanta o direito de responder em liberdade.

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Em agosto, o mesmo grupo de deputados pediu esclarecimentos ao Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) sobre a colaboração entre investigadores americanos e os procuradores que idealizaram a Lava Jato. A preocupação dos parlamentares é saber a extensão do envolvimento do DoJ no processo que levou Lula à prisão injusta e Moro ao Ministério da Justiça.

O documento também critica as propostas de Sérgio Moro em seu pacote anticrime. Segundo os deputados dos EUA, não faz sentido que um país que tenha altos índices de homicídios cometidos pela Polícia Militar permita a ampliação da legítima defesa para policiais que matem em serviço por “escusável medo ou emoção”.

Apesar da “excludente de ilicitude” ter sido retirada do projeto, há indícios de que o desgoverno insista nessa discussão e, por temer tais ações, os deputados pedem que a ONU e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos fiscalizem o respeito ao tema.

*Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do ConJur