Daqui a pouco, a partir das 10h, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) irá discursar na abertura da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA). Em princípio, nada demais porque o Brasil sempre abriu as sessões do órgão desde 1949.
Se é praxe os presidentes brasileiros abrirem a assembleia da ONU, qual a celeuma ou novidade no discurso de hoje? O que Bolsonaro tem que os outros não tiveram?
Bolsonaro chama a atenção do mundo porque é um miliciano no poder.
“É um Hitler da América Latina”, para usar a expressão do presidente da Venezuela Nicolás Maduro. “Um tosco e misógino”, de acordo com a ex-presidenta Dilma Rousseff. “Não tem atitude de presidente”, afirmou certa feita Emmanuel Macron, o presidente da França.
LEIA TAMBÉM
URGENTE: Lula pode ir para o regime aberto
Globo perde a paciência com Paulo Guedes; deu no Fantástico
Bolsonaro ameaça não assinar Prêmio Camões para Chico Buarque
Além da pecha de miliciano, cujo sentido remete à força paramilitar e extralegal, o mundo vê Bolsonaro como um genocida que defende a necropolítica –a política da morte– contra pretos e pobres brasileiros. Vide o caso da menina Ágatha Félix, 8 anos, morta devido ações policiais do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), aliado de Bolsonaro.
Pesa ainda a acusação de “ecocida” contra Jair Bolsonaro. Ele é apontado como um dos responsáveis pelas queimadas na Amazônica e pela destruição da floresta ao estimular o garimpo e a violência contra povos indígenas.
A comitiva de Bolsonaro é formada por ministros, a primeira-dama Michele Bolsonaro, e o filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que o presidente pretende indicar para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos.
Acompanhe o miliciano e Nova York pelo Blog do Esmael.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.