Bolsonaro e Moro ‘apanham’ nas redes por silêncio sobre assassinato de Ághata

Faltando pouco mais de uma hora para o sepultamento da menina Ághata Félix, 8 anos, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ministro Sérgio Moro ainda não se pronunciaram sobre mais esse assassinato no Rio.

Bolsonaro preferiu discorrer no Twitter sobre 18 supostas ações do governo “nos últimos dias”. Nenhuma palavra de conforto à família de Ághata. Nada de reprovação ao governador Wilson Witzel (PSC), que incentiva a violência contra populações pobres.

Também permanece com cara de samambaia o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que prefere abordar apreensão de armas e celulares. Nenhum pedido de desculpas ou solidariedade à família da pequena Ághata, que teve a vida interrompida com um tiro nas costas.

O ministro do STF, Gilmar Mendes, se comoveu com o assassinato da 16ª criança no Rio.

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“Os casos de mortes resultantes de ações policiais nas favelas são alarmantes. Ágatha é a quinta criança morta em tiroteios no RJ neste ano. Ao total, 16 foram baleadas no período. Uma política de segurança pública eficiente deve se pautar pelo respeito à dignidade e à vida humana”, tuitou o magistrado.

O advogado curitibano Mesael Caetano dos Santos, conhecido como Advogado dos Pobres, criticou o silêncio de Moro e Bolsonaro. “Uma criança negra é assassinada o Presidente da República e o Ministro da Justiça não dão um pio.”

O ex-senador Roberto Requião (MDB-PR) observou que ‘pobre assassinado pela polícia não incomoda o cidadão de bem’. ‘O que incomoda é pobre fazendo faculdade e viajando de avião.’

O emedebista afirma que a lei de abuso de autoridade ajudaria a conter a necropolítica governamental, as mortes de pobres e pretos no Rio e no Brasil.