A Folha, em parceria com o Intercept, trouxe à luz neste sábado (21) parte de delações de ex-executivos da empreiteira OAS que incriminam o ex-senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), ex-ministro das Relações Exteriores no governo golpista de Michel Temer (MDB). No entanto, tal qual nas acusações contra Lula e o PT, trata-se de mais uma mentira premiada da Lava Jato.
Concordar com a mentira premiada contra Aloysio, PSDB [e quem quer que seja] seria o mesmo que chancelar as mentiras premiadas contra petistas e aqueles que defendem um projeto de desenvolvimento nacional, antineoliberal, portanto soberano.
As mentiras não podem ser transformadas em verdades contra réus, quando interessam, e as verdades também não podem ser transformadas em mentiras com o fim de o agente persecutório disputar o poder político.
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Evidentemente que os tucanos não são identificados com o desenvolvimentismo nem com a soberania nacional. São mais parecidos com os entreguistas da própria Lava Jato que receberam a mentira premiada de Léo Pinheiro da OAS et caterva sob aquelas condições de tortura psicológica, não voluntária, contrárias à norma e por isso nulas.
A reportagem da #VazaJato, hoje, tem mais o sentido de denunciar a sede de poder da força-tarefa que ambicionava destruir todos os partidos para fundar-se como uma nova corrente política no País.
Não é à toa que os procuradores e o ex-juiz Sérgio Moro escolhiam a dedo quem iriam perseguir e quem não iriam constranger. Vide o caso dos bancos, FHC, Paulo Guedes, Alvaro Dias, Onyx Lorenzoni e o próprio presidente Jair Bolsonaro.
A reportagem da Folha e do Intercept é diversionista porque distrai todos os públicos –da direita, extrema-direita, centro e da esquerda– e é o prenúncio de que mais uma bomba vem aí contra procuradores e o ex-juiz da Lava Jato. É esperar e conferir.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.