O Valor Econômico discorre nesta segunda-feira (23) sobre uma suposta bancada leal ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, no Congresso Nacional.
Ao mais desatento passa-se a impressão de que ele rivaliza e, às vezes, se sobrepõe à autoridade do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente de direito e de fato da Casa.
A velha mídia tenta fazer de Moro um anti-Bolsonaro, um neofascista com modos, que não arrota na mesa, não coça o saco e nem chama de “feia” –ao menos em público– a mulher de outrem, como no caso Macron.
“Moro sai na frente de Bolsonaro e começa a construir base no Congresso”, cravou o Valor, mas, lá no final da reportagem, reconheceu que o ex-juiz não tem força sequer para segurar a CPI da Vaza Jato.
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Em tom de torcida e ufanismo, o jornalão que compõe o grupo GLOBO jura que Moro possuiu uma bancada suprapartidária que nem Maia ou Bolsonaro tem, que vai da direita, passa pelo centro e chega “até mesmo” à esquerda.
“PSL, Podemos, do centro, como DEM, PRB, PSD e MDB, e até mesmo da esquerda, como PSB e PDT, todos orbitando em torno de uma agenda comum de combate à corrupção, defesa da Lava-Jato e redução da violência”, regozija o texto.
Ora, se Sérgio Moro tem tanta força no Congresso Nacional porque até agora –nove meses depois— não conseguiu aprovar nenhuma medida na Câmara ou no Senado. Por que o ex-juiz, então, coleciona 10 derrotas nas duas Casas?
O Valor exagerou na fake news, nesta segunda-feira (23). Começou mal a semana. Crendiospai!
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.