O presidente Bolsonaro e sua ministra da Família, Damares Alves, trocaram integrantes da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos após a presidente da Comissão ter criticado a postura de Bolsonaro sobre os crimes da ditadura.
A procuradora Eugênia Gonzaga, que presidia a Comissão foi substituída por Marco Vinicius Pereira de Carvalho, que é filiado ao PSL e assessor especial de ministra Damares.
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É uma clara retaliação do governo ao trabalho da Comissão, que desmentia a narrativa de Bolsonaro, sobre as mortes de militantes durante a ditadura.
Outros três integrantes do órgão foram substituídos, entre eles o deputado federal Paulo Pimenta, do PT. A alteração foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (1º), com as assinaturas do presidente e da ministra.
A Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos foi criada em 1995, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
A lei nº 9.140 estabelece que o colegiado realizará o reconhecimento de desaparecidos por atividades políticas entre 1961 a 1979, período que engloba a ditadura militar (1964-1988) até o ano em que foi promulgada a Lei da Anistia.
Com informações do Bem Paraná.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.