A comunidade judaica está indignada com o presidente Jair Bolsonaro, que usa símbolos e bandeira israelenses para fazer seu combate ideológico pelo viés de extrema-direita.

É claro que a maioria dos judeus deu espaço para que Bolsonaro se “folgasse” dando seu voto na eleição de 2018 e sendo permissiva com o discurso conservador, racista e homofóbico.

Entretanto, o mundo judaico começa a contabilizar mais perdas que ganho na associação com o Coiso. Alguns proeminentes judeus chegaram acreditar, até, que se tratava do “Messias”.

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É neste contexto que a Universidade de Haifa, em Israel, realizará em janeiro de 2019 a conferência “Política e religião no Brasil e nas Américas: igrejas evangélicas e suas relações com o judaísmo, sionismo, Israel e as comunidades judaicas”.

O sociólogo Rafael Kruchin, coordenador executivo do Instituto Brasil Israel, um dos organizadores da conferência, explicou o fenômeno do uso de símbolos judaicos pela extrema direita.

“Hoje a gente vê na política brasileira símbolos judaicos sendo usados por grupos conservadores. É algo que já vinha ocorrendo desde os protestos pelo impeachment da Dilma (Rousseff). Até por conta disso, começam a aparecer alguns comentários antissemitas”, lamentou ao Estadão.

Esmael Morais

Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.