Intercept vaza lista de ‘intocáveis’ na Lava Jato: bancos, FHC, Guedes, Alvaro e Onyx

O site The Intercept Brasil, neste domingo (25), divulgou a lista dos intocáveis no âmbito da Lava Jato: os bancos, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o senador Alvaro Dias (PODE) e o chefe da Casa Civil Onyx Lorenzoni (DEM).

O site fundado pelo jornalista Glenn Greenwald denuncia que somente alguns políticos e setores econômicos contaram com a leniência dos procuradores, isto é, a prevaricação da força-tarefa sediada em Curitiba.

O crime de prevaricação é tipificado pelo art. 319 do Código Penal, que prevê de 3 meses a um ano de prisão.

As conversas privadas dos procuradores e do ex-juiz Sérgio Moro, divulgadas pela série Vaza Jato, deixam clara a obsessão para tirar Lula da disputa de 2018 e de livrar o aliado FHC de investigações, mas, segundo as mensagens, o tucano era “apoio importante” que não podia ser constrangido.

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Quanto aos bancos, relata o Intercept, os procuradores de Curitiba torceram o nariz para o esquema envolvendo o Bradesco, que faturava alto com a corrupção de doleiro com a leniência da Lava Jato. A reportagem foi publicada pelo El País.

“Sabendo que o Bradesco lucrava calado com a corrupção do doleiro, o que a Lava Jato fez? Nada também. O banco saiu impune”, destaca o Intercept, que contou 32 citações do Bradesco e 71 do banco Safra na delação do ex-ministro Antonio Palocci.

O Intercept conta ainda que Alvaro Dias, envolvido em dois casos de propinas, foi aliviado pelo então juiz Moro e por procuradores que não quiseram procurar nada em relação ao senador paranaense. Aliás, o parlamentar chegou a convidar Deltan Dallagnol para ser candidato a Senador pelo Podemos.

Para fechar o repolho, a reportagem do site cita o escandaloso caso do ministro Paulo Guedes. O moço que quer doar as empresas públicas transferiu bufunfa para um escritório de lobby em Curitiba. No entanto, o então coordenador da campanha de Jair Bolsonaro (PSL) foi blindado e, pasme, foi o próprio Guedes quem convidou Moro para ser ministro da Justiça.