IBGE: 41,3% dos trabalhadores estão na informalidade

Pessoas desistem de procurar, e desemprego cai em São PauloA taxa de desocupação caiu de 12,5% para 11,8% na passagem do trimestre encerrado em abril para o terminado em julho, com menos 609 mil pessoas desocupadas. Mas o país ainda tem 12,6 milhões pessoas em busca de trabalho.

Esses resultados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (30) IBGE.

No entanto, a melhora na taxa de desemprego está relacionada ao aumento do trabalho informal.

Segundo o gerente da PNAD Contínua do IBGE, Cimar Azeredo, o percentual de trabalhadores informais na população ocupada chegou a 41,3%, patamar recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012, atingindo 38,683 milhões de brasileiros.

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O total de empregados do setor privado sem carteira de trabalho assinada atingiu 11,7 milhões de pessoas, o maior contingente da série histórica iniciada em 2012.

Outro fator relacionado à informalidade são os trabalhadores por conta própria, que também atingiram o maior patamar da série: 24,2 milhões de pessoas.

“Desde o início da crise econômica a inserção por conta própria vem sendo ampliada em função da falta de oportunidade no mercado formal. Um dos sinais de recuperação do mercado de trabalho, dada experiências em crises anteriores, é a redução desta forma de inserção, que atingiu o nível mais alto neste trimestre”, explicou.

Ou seja, a reforma trabalhista dos golpistas de 2016 não aumentou o número de empregos com carteira assinada e a ausência de políticas para trazer esses trabalhadores para a legalidade também faz com que a arrecadação diminua, carregando a previdência.

Com informações do IBGE e agências.