‘Escolha de Marielle como patrona de curso de diplomata é repúdio a seu covarde assassinato’, diz embaixadora

A embaixadora Maria Celina de Azevedo Rodrigues, em nota pública, afirmou nesta sexta-feira (16) que a escolha da vereadora Marielle Franco, como patrona da turma de 2016, do Curso de Formação do Instituto Rio Branco, representou essencialmente ato de repúdio a seu covarde assassinato e de defesa da liberdade de expressão.

“A escolha do nome da Vereadora representou essencialmente ato de repúdio a seu covarde assassinato e de defesa da liberdade de expressão, um dos princípios básicos da democracia, e como tal deve ser respeitada e entendida”, diz trecho da nota assinada pela embaixadora, que é presidente Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB/Sindical).

Segundo Maria Celina, eleição do patrono/patrona de cada turma é democrática, e ao longo dos anos já foram homenageadas personalidades que perpassam todo o espectro político.

A presidente da Associação dos Diplomatas jura que a escolha de Marielle Franco não vai “interferir no histórico empenho do Itamaraty na promoção incansável dos interesses nacionais”.

Nunca é demais recordar que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) decidiu indicar seu filho, Eduardo Bolsonaro, como embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Portanto, a escolha de Marielle como patrona do Rio Branco, a escola de formação de diplomatas, não deixa de ser uma provocação para o ‘Zero Três’ e seu pai.

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A seguir, leia a íntegra do documento:

Nota pública

A Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB/Sindical), que congrega mais de 1500 associados, vem a público reiterar os valores de integridade, ética, respeito e isenção política, ideológica e partidária que fundamentam a atuação dos funcionários do Ministério das Relações Exteriores.

Nesse sentido, a entidade esclarece que a escolha da Vereadora Marielle Franco como patrona da turma de 2016 do Curso de Formação do Instituto Rio Branco não representa necessariamente opção ideológica dos formandos, menos ainda dos integrantes do MRE, que abriga servidores dos mais diferentes matizes ideológicos, sem que isso interfira no histórico empenho do Itamaraty na promoção incansável dos interesses nacionais.

A eleição do patrono/patrona de cada turma é democrática, e ao longo dos anos já foram homenageadas personalidades que perpassam todo o espectro político.

A escolha do nome da Vereadora representou essencialmente ato de repúdio a seu covarde assassinato e de defesa da liberdade de expressão, um dos princípios básicos da democracia, e como tal deve ser respeitada e entendida.

Embaixadora Maria Celina de Azevedo Rodrigues
Presidente