O procurador Deltan Dallagnol utiliza a tática do ataque para escapulir das graves denúncias da Vaza Jato. Em entrevista ao ex-jornal Gazeta do Povo, de Curitiba, o coordenador da força-tarefa abriu fogo contra Jair Bolsonaro, Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Para o pupilo do ministro Sérgio Moro, as conversas privadas divulgadas pelo site The Intercept Brasil faz parte de um complô contra a Lava Jato e o combate à corrupção.
“O que a gente vê no Brasil? A gente vê um movimento amplo [de enfraquecimento do combate à corrupção]. Não é um movimento restrito; não é uma pessoa ou duas. A gente vê um movimento que engloba o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”, disse Deltan ao jornalão paranaense.
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Ou seja, o procurador Deltan Dallagnol resolveu cair atirando contra tudo e contra todos. Mas preserva apenas uma pessoa: seu dileto amigo Sérgio Moro.
A Gazeta do Povo sempre concordou com o fetiche do combate à corrupção e defende os “golden boys” da República de Curitiba, mesmo que eles tenham cometido crimes para supostamente combater outros crimes.
O conluio havido entre Deltan e Moro é inconstitucional e gera nulidade absoluta, por exemplo, da pena do ex-presidente Lula. O que eles fizeram –o julgador e o acusador– agravou a situação e tornou a defesa do réu impossível.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.