Cortes no orçamento de universidade ameaça pesquisa sobre câncer no fígado

Uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sobre diagnóstico precoce de câncer no fígado está ameaçada pelo cortes nas bolsas do o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do estado (Fapemig).

Pesquisadores UFMG, em parceria com o Yale Liver Center, dos Estados Unidos, identificaram uma molécula que pode ajudar no diagnóstico precoce da doença, considerado uma das mais letais.

“Nós temos verbas até o mês de setembro. E as bolsas são de dedicação exclusiva. A gente teme pela pesquisa que pode ajudar até a combater diretamente o câncer de fígado”, disse o coautor do estudo, pesquisador e aluno do Laboratório do Cálcio do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, Rodrigo Machado.

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O governo Bolsonaro cortou R$ 2,13 bilhões do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) o que afetou as bolsas do CNPq. E a UFMG também vem sofrendo com a suspensão de R$ 2,5 milhões da Fapemig, destinados a bolsas de iniciação científica, e de cerca de R$ 13 milhões para projetos liderados por professores.

“É uma situação muito complicada porque este trabalho é muito promissor”, disse a líder da pesquisa, professora Maria de Fátima Leite, do Departamento de Fisiologia e Biofísica do ICB.

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A expectativa era que com a pesquisa seria possível desenvolver medicamentos de combate à doença em si. “Mas agora isso está em risco”, disse Maria de Fátima.

Com informações do G1.