Bruna Surfistinha rebate Bolsonaro: ‘Ele não tem moral para falar de mim’


A ex-garota de programa Raquel Pacheco, mais conhecida como Bruna Surfistinha, rebateu o presidente Jair Bolsonaro e a sua decisão de impor um filtro de controle na Agência Nacional do Cinema (Ancine) para impedir o financiamento de produções com a temática LGBTQI e de filmes como o autobiográfico “Bruna Surfistinha”, que foi citado na fala do presidente sobre um pretenso incentivo ao ativismo gay.

“Ele estava fazendo referência à minha história de vida, sendo que ele não tem moral nenhuma para falar nem da minha vida nem da vida de ninguém”, diz Raquel em entrevista ao jornal Folha de São Paulo. Segundo a empresária a sequência do filme, contando a vida depois de largar a prostituição, está no papel e não deve contar com a agência do governo federal: “Quero que saia o quanto antes para calar bocas. Não vamos contar com a Ancine. Mas vai ser questão de honra.”

Judeus estão “P” da vida com Bolsonaro pelo uso da bandeira de Israel

Lançado há oito anos nos cinemas, o primeiro “Bruna Surfistinha” retrata a história de Raquel como garota de programa. É baseado na biografia dela lançada em livro. Quando anunciou a intenção de transferir a sede da Ancine do Rio para Brasília, Bolsonaro criticou a autorização de captação de recursos e o patrocínio federal a produção audiovisual que, segundo ele, faz “ativismo LGBT”.

O presidente havia sugerido que a agência poderia falar de “tantos heróis”, mas que “a gente não fala nesses heróis no Brasil, não toca no assunto”.

“Define o que é uma história que mereça ser contada. Todo mundo tem os seus podres. Não existe a história perfeita”, rebateu Raquel Pacheco.

Economia