Bolsonaro agora dispara flechas contra os índios da Amazônia

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) está mais perdido que chinelo de bêbado na crise dos incêndios na Amazônia. Depois de atacar o presidente da França, Emmanuel Macron, a mulher dele, dona Brigitte, as ONGs, os fazendeiros, etc. e tal, agora dispara flechadas contra os índios da floresta.

Em reunião com governadores dos estados que compõem a Amazônia Legal, Bolsonaro disse que as demarcações das terras indígenas inviabilizam o País:

“Muitas reservas têm o aspecto estratégico. Alguém programou isso. O índio não faz lobby, não fala a nossa língua e consegue hoje em dia ter 14% do território nacional. Uma das intenções é nos inviabilizar”, atacou o presidente da República.

Para Bolsonaro, a região poderia servir para a exploração do garimpo, dos criadores de gado e dos plantadores de soja –inclusive dos Estados Unidos.

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“Se eu demarcar agora, pode ter certeza, o fogo acaba na Amazônia daqui a alguns minutos. Acaba daqui a alguns minutos”, ironizou o presidente, ao falar que quando voltou do G20, realizado no Japão, poderia ter demarcado mais terras indígenas.

O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), apoiou a intervenção de Bolsonaro confessando que quer somente a riqueza da região Amazônica.

“Não queremos tirar a indígena, não, nós queremos as riquezas que lá estão”, disse, sugerindo, por óbvio, que os indígenas vivam na pobreza absoluta.

Antes da reunião, porém, Bolsonaro tinha acusado as ONGs de colocar fogo na Floresta Amazônica. No entanto, no último domingo, uma reportagem da revista Globo Rural mostrou que fazendeiros tinham até “Dia do Fogo” para incendiar as matas.