URGENTE: entrou água na reforma da previdência

Há grandes chances de o relatório da comissão especial que analisa a reforma da Previdência na Câmara ser votado apenas na volta do recesso, em agosto. O alerta foi dado nesta segunda-feira (1º) pelo deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que preside o colegiado.

No Congresso Nacional, não tem como fazer previsões exatas. O vento muda a cada instante. O que é certo hoje, amanhã já não é mais. Em síntese, na política dos parlamentares 2 mais 2 pode ser 5.

“Acho que votamos essa semana. Mas risco sempre existe”, declarou Ramos à agência Reuters, ao responder sobre a possibilidade de adiamento da votação do relatório. “Vamos ver o clima amanhã”, disse.

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Embora tenha havido um esforço da velha mídia, que chegou a colocar um “jabuti” nas manifestações de ‘costume’, em favor do ministro Sérgio Moro, a questão econômica inspira cuidados por parte do governo Jair Bolsonaro (PSL). A reforma da previdência continua rejeitada pela maioria dos brasileiros que teme (com razão) ficar sem aposentadoria.

Nesta terça-feira (2), o esforço da bancada dos banqueiros será entrar em acordo sobre as desavenças do alcance das novas regras previdenciárias pretendidas. Estados e municípios, servidores públicos, emparedam os deputados da Comissão.

Economia

O temor dos parlamentares que votarão o fim da aposentadoria são dois: 1- não receber os prometidos R$ 40 milhões em emendas e 2- não serem reeleitos para a próxima legislatura. Ou seja, o medo é de calote duplo: do governo e das urnas.

Por outro lado, a oposição avisa que jogará duro para adiar a votação. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) anuncia obstrução na comissão e apresentará requerimentos para que o assunto seja mais debatido com a sociedade.

Pelo sim pelo não, no próximo dia 12 de julho, movimentos sociais e centrais sindicatos irão às ruas contra essa diabólica reforma da previdência.