Suposto hacker fez campanha para Bolsonaro nas redes sociais


O motorista de aplicativo Danilo Cristiano Marques, um dos alvos da Operação Spoofing da Polícia Federal (PF), era conhecido por familiares e amigos por ser bolsonarista fervoroso. Por isso, estranharam quando o viram envolvido com um grupo de supostos hackers que invadiram o Telegram dos ministros Sergio Moro e Paulo Guedes. Danilo fez campanha a favor de Jair Bolsonaro (PSL) nas redes durante as eleições de 2018.

Segundo pessoas próximas, Marques não tem nenhuma ligação com os ataques hackers e foi pego por ser um “laranja” da dupla Walter Delgatti Neto, 30, e Gustavo Henrique Elias Santos, 28, considerado pelos investigadores os principais suspeitos do esquema. Ele teria se aproximado dos dois há cerca de quinze anos durante jornadas de Counter Strike (jogo de tiro online) em lan houses de Araraquara, no interior de São Paulo.

LEIA TAMBÉM
Polícia Federal afirma que mensagens ‘hackeadas’ serão preservadas

Moro não pode destruir mensagens de hacker, avisa ministro do STF

Moro apavora autoridades para obter apoios e isolar Intercept

Reinaldo Azevedo: hackers são a ‘Operação Uruguai’ de Moro

Economia

A principal prova contra Marques é o IP de um dispositivo cadastrado no seu nome, de onde teriam partido ataques hacker. A defensora pública Manoela Maia Cavalcante Barros, que defende Danilo Marques, diz, no entanto, que o contrato de internet em questão foi assinado por ele, mas que o serviço era utilizado por Walter Delgatti.

Segundo Manoela, ele fez um favor ao amigo ao colocar seu nome no contrato, uma vez que Delgatti tinha restrições por ter passagens pela polícia.

*Com informações da revista Veja