Reforma da previdência foi ‘Vitória de Pirro’

O rei de Pirro, no ano 280 A.C., derrotou o exército romano cuja matança foi tal que o monarca não quis tomar conta do território do inimigo. A partir daí a história passou a denominar ‘Vitória de Pirro’ quando se ganha, mas não leva.

Mas o que Pirro fez para derrotar os romanos nas batalhas de Heracleia e Ásculo? Ora, ele empregou os elefantes que tiveram na época o mesmo impacto dos tanques blindados na Primeira Guerra Mundial.

Os romanos, por usa vez, aprenderam e utilizaram a mesma tática de guerra nas batalhas vindouras, inclusive contra o próprio rei Pirro que acabou derrotado.

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Dito isso, a Batalha de Pirro liderada esta semana pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não teve elefante nem blindado. Essas “armas” cederam lugar às emendas parlamentares e aos cargos. A oposição foi esmagada em plenário (379 votos a 131).

Pois bem, após a sanguinolenta batalha nem o mais governista quis assumir a vitória. Agora tentam minimizar os estragos que atingem não apenas os 131 soldados que foram ao front, mas os milhões de trabalhadores do campo e da cidade, idosos, viúvos, órfãos e deficientes penalizados pela reforma da previdência para satisfazer a ganância dos bancos privados.

Economia

Rodrigo Maia, a exemplo de Pirro, não finalizou a batalha. Preferiu dar tempo aos “romanos” para o próximo confronto, no próximo dia 6 de agosto, na volta do recesso parlamentar. É quando dar-se-á a votação da reforma da previdência no segundo turno.

Independente da próxima votação na Câmara, os eleitores fluminenses estão chamados desde já ao desafio de “aposentar” o nosso Pirro moderno, isto é, Rodrigo Maia, não o reelegendo –nem elegendo– para mais nada a partir da próxima eleição.