Reforma da previdência consolida Bolsonaro como “Rainha da Inglaterra”

A monarquia foi “restaurada” no Brasil com a aprovação da reforma da previdência na comissão especial da Câmara, nesta quinta-feira (4), e Jair Bolsonaro (PSL) consolidado como “Rainha da Inglaterra”.

Os súditos de sua majestade, também conhecidos como os “traidores do povo”, não que a Rainha também não seja traidora, dizem que o fim da aposentadoria foi aprovado pelo colegiado “apesar” de Bolsonaro.

Os deputados alinhados aos bancos e à velha mídia afirmam que o outrora presidente da República mais atrapalha do que ajuda no confisco da poupança previdenciária, pois, analisam, a “Rainha da Inglaterra”, ou seja, Bolsonaro, age como chefete de corporações ao defender a exclusão de policiais da diabólica reforma da previdência.

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Bolsonaro, sua majestade, orgulha-se de “não entender de economia”, mas os velhacos entendem o suficiente para descapitalizar os trabalhadores para capitalizar os banqueiros cujo representante no governo atende pelo nome de Paulo Guedes, ministro da Economia, dentre outros.

Embora se comemore antecipadamente na corte a aprovação da tungada nos brasileiros, com baile parecido com aquele da Ilha Fiscal*, a Bastilha ainda poderá ser derrubada na semana que vem, quando o plenário da Câmara votará o draconiano relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).

Economia

Os súditos, por ora, assistem resignados à reforma da previdência.

O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, garante que a matéria entrará na pauta da próxima terça-feira (9), em sessões pela manhã e pela tarde, até quinta-feira (11), data-limite para o restauro monárquico.

*Baile da Ilha Fiscal: última grande festa antes da queda da monarquia com a Proclamação da República Brasileira em 15 de novembro de 1889.