Deu no New York Times: Moro é um juiz imoral

O New York Times, o maior do mundo, publicou nesta sexta-feira (5) um artigo classificando o ministro da Justiça Sérgio Moro como um “juiz imoral, que se uniu a procuradores com motivações eleitorais para prender e condenar pessoas que eles já consideravam culpadas”.

O texto veiculado no NY Times é assinado pela escritora e jornalista brasileira Vanessa Barbara. Ela faz um resumo das conversas entre Moro e procuradores da “lava jato” divulgadas pelo site The Intercept Brasil desde o início de junho.

Segundo Barbara, as mensagens mostram que Moro, muitas vezes, extrapolou seu papel de juiz, que deveria ser de alguém imparcial, para atuar como conselheiro da acusação, o que é proibido por lei.

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“A ação de Moro é altamente imoral – se não totalmente ilegal. E viola a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que diz que todas as pessoas têm direito a um julgamento justo”, diz o texto, cuja repercussão foi inevitável no CONJUR –portal brasileiro de notícias jurídicas.

Para a escritora, Moro descumpriu um princípio básico da magistratura, de que o juiz deve manter uma distância equivalente das partes, evitando qualquer tipo de comportamento que possa refletir “favoritismo, predisposição ou preconceito”.

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Por fim, a autora lamenta que nenhuma medida tenha sido adotada na prática desde o início do vazamento das conversas: “E por mais incrível que pareça, Moro continua sendo nosso ministro da Justiça”.

Não é a primeira vez que o New York Times abriu-se para espezinhar Moro e a força-tarefa. No último dia 26 de junho, um artigo do jornalista argentino Bruno Bimbi, correspondente do jornal no Rio, afirmou que Lula é um prisioneiro político e pediu que Congresso Nacional instalasse “uma investigação sobre os atos de legalidade duvidosa de Moro e Dallagnol e transferir a operação Lava Jato para um juiz imparcial seria os primeiros passos em um longo caminho para recuperar a normalidade democrática brasileira.”