LEIA TAMBÉM:
Manifestação de 13 de agosto vai ser maior que as anteriores, diz presidente da CUT
Guimarães se refere ao jornalista americano Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, que desde o dia 9 de junho vem publicando uma série de reportagens que mostra o uso político da Lava Jato e conluio entre o ex-juiz Sérgio Moro e os procuradores da força-tarefa da operação.
Para Guimarães, o PDL 493 é uma resposta que o Congresso Nacional poderá dar à escalada autoritária de Moro, que quer governar por decreto “numa total afronta ao poder Legislativo”.
A portaria 666, publicada na última quinta-feira (25), na avaliação do deputado do PT do Ceará, extrapola o poder regulamentar no que diz respeito ao instituto da deportação, o qual, de acordo com a Lei de Imigração nº 13.445/2017, é medida decorrente de procedimento administrativo que consiste na retirada compulsória de pessoa que se encontre em situação migratória irregular em território nacional.
Tal procedimento administrativo, explicou Guimarães, deve respeitar o contraditório e a ampla defesa, “não havendo autorização legal para a deportação sumária como dispõe o ato que pretendemos impugnar com este decreto legislativo”, reforçou.
Guimarães entende ainda que a portaria é muito genérica e abre espaço para arbitrariedades na definição de quem seja pessoa perigosa, o que pode causar constrangimentos ilegais e injustiças não amparadas pelo ordenamento jurídico brasileiro. “É imperioso sustar os efeitos dessa portaria de Moro, que a exorbita do poder regulamentar conferido ao Poder Executivo”, concluiu o deputado.
As informações são do PT na Câmara.